Conheça a IA que cria antibiótico

26 de agosto de 2024 Escrito por Ana Paula
Conheça a IA que cria antibiótico - Quero Mais Tecnologia

A criação de antibiótico tem sido revolucionada pelo uso de inteligência artificial (IA). Portanto, confira esse post completo para explorar como essa tecnologia está revolucionando a ciência médica.

Como a inteligência artificial está transformando a criação de antibiótico?

A descoberta de novos antibióticos tem sido um desafio constante, especialmente com o aumento da resistência bacteriana. 

A inteligência artificial (IA) surge, então, como uma ferramenta inovadora, permitindo a identificação de novos compostos antibacterianos com maior rapidez e precisão.

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O uso de IA na criação de antibióticos é cada vez mais poderoso. Imagem do Pexels.

O papel da IA na descoberta de novos medicamentos

A IA possibilita a análise rápida e detalhada de milhões de moléculas, identificando aquelas com potencial para combater infecções bacterianas. 

Isso é feito por meio de algoritmos que simulam interações moleculares, prevendo quais compostos podem ser eficazes antes mesmo de serem testados em laboratório.

A IA foi responsável pela descoberta da abaucina, um novo antibiótico eficaz contra a bactéria Acinetobacter baumannii, uma das mais perigosas listadas pela OMS.

Vantagens do uso de IA na pesquisa de antibióticos

O uso da IA na pesquisa de antibióticos traz várias vantagens em relação aos métodos tradicionais. Então, além de acelerar o processo de descoberta, a IA aumenta a precisão na identificação de moléculas promissoras.

Isso reduz muitos custos e o tempo necessário para desenvolver novos medicamentos. Assim, os principais benefícios são:

  • velocidade: identificação mais rápida de compostos promissores;
  • precisão: menor margem de erro na escolha de moléculas;
  • economia: redução de custos associados a testes iniciais e pesquisa.

Exemplos recentes de antibióticos criados com IA

Entre os exemplos de antibióticos criados com IA, destaca-se a abaucina, que demonstrou eficácia contra superbactérias. No entanto, ela continua em fase de testes.

Mesmo assim, os resultados preliminares são promissores, apontando para um novo caminho no combate à resistência bacteriana.

Quais são os desafios enfrentados na criação de antibióticos com IA?

A combinação de tecnologia de ponta com a pesquisa médica tradicional é um exemplo disso. Afinal, esses elementos são essenciais para o sucesso dessa criação.

Limitações tecnológicas e éticas

Um dos principais desafios está nas limitações tecnológicas da IA, que requerem grandes volumes de dados para operar eficientemente. Além disso, surgem questões éticas relacionadas ao uso da IA na medicina.

Isso em especial no que diz respeito à automação de processos críticos que antes eram realizados apenas por humanos.

A automação na medicina deve ser equilibrada com a necessidade de supervisão humana para garantir segurança e eficácia.

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O uso de IA na criação de antibióticos acelera o processo. Imagem do Pexels.

A importância dos testes clínicos

Mesmo com o auxílio da IA, qualquer novo antibiótico precisa passar por rigorosos testes clínicos antes de ser considerado seguro e eficaz para uso humano. 

Esses testes, portanto, incluem fases laboratoriais, testes em animais e, finalmente, ensaios clínicos em humanos. Ainda mais, as etapas da avaliação são:

  • in vitro: testes em células e bactérias em laboratório;
  • in vivo: testes em modelos animais para avaliar a segurança;
  • ensaios clínicos: testes em humanos para avaliar eficácia e segurança.

O papel da IA no combate à resistência bacteriana

A resistência bacteriana é um dos maiores desafios da medicina moderna. Assim, a IA pode ajudar a identificar novas estratégias para combater essa resistência.

Em contrapartida, precisa ser usada em conjunto com outras abordagens, como o uso racional de antibióticos e a educação pública sobre os riscos do uso inadequado de medicamentos.

Como a IA pode ajudar a superar a resistência bacteriana?

A IA pode ser uma aliada poderosa na superação desse desafio, via identificação de novos compostos e, além disso, da personalização de tratamentos.

Identificação de novas moléculas com eficácia específica

Uma das grandes promessas da IA é a capacidade de identificar moléculas que atacam diretamente as bactérias resistentes, sem afetar outras cepas. 

Isso não só melhora a eficácia do tratamento como também reduz o risco de desenvolvimento de novas resistências.

Personalização de tratamentos antibacterianos

Com a IA, é possível personalizar tratamentos antibacterianos para, dessa forma, atender às necessidades específicas de cada paciente. 

Isso inclui, ainda mais, a adaptação de antibióticos com base na composição genética das bactérias causadoras da infecção, aumentando as chances de sucesso do tratamento.

Veja mais: Tecnologia na saúde: entenda a contribuição dela para o mundo

Perguntas frequentes sobre o uso de IA na criação de antibióticos – FAQs

Acompanhe agora, as principais dúvidas sobre esse assunto.

Como a inteligência artificial identifica novas moléculas antibacterianas? 

A IA utiliza algoritmos para analisar grandes volumes de dados e, ainda mais, simular interações moleculares, identificando moléculas com potencial antibacteriano.

Quais são os principais desafios no uso de IA para criar novos antibióticos? 

Além da necessidade de grandes volumes de dados de alta qualidade, há desafios éticos e, além disso, a necessidade de rigorosos testes clínicos para garantir a segurança dos novos compostos.

Existe algum antibiótico criado com IA já disponível no mercado? 

Atualmente, os antibióticos descobertos com a ajuda da IA, como a abaucina, continuam em fase de testes e não foram comercializados.

Como a IA pode ajudar a combater a resistência bacteriana? 

A inteligência artificial pode, assim, identificar novas moléculas que atacam especificamente bactérias resistentes, ajudando a retardar o desenvolvimento de resistência.

O uso de IA na medicina pode substituir os métodos tradicionais de pesquisa?

Não completamente; a IA complementa os métodos tradicionais, oferecendo maior velocidade e precisão, mas ainda depende de validações laboratoriais e clínicas.