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Os fones de ouvido já foram conhecidos como auscultadores, auriculares e headphones. Além disso, nem sempre foram usados para escutar música. E mais, já chegaram a pesar incríveis 4,5 kg. Assim, veja neste guia, a origem curiosa desse acessório, confira.
Os relatos de uso de aparelhos no ouvido visando ouvir melhor são de origem médica. Assim, fazendo referência aos estetoscópios, que já existem desde 1850. Ainda, o próprio Thomas Edison utilizava um dispositivo semelhante em seu fonógrafo.
Contudo, o uso do acessório para ouvir música só se tornou tendência em 1881. Nesse ano, havia na França um serviço de nome Téâtrophone, que se dedicava à transmissão de óperas e peças de teatro para a classe mais rica por meio de chamadas telefônicas.
Nove anos depois, começa a funcionar no Reino Unido algo semelhante, o Electrophone, no qual era possível escutar até mesmo notícias. Mas, ainda era necessário um dispositivo mais apropriado para essa finalidade.
A história tem início em 1891, quando surgiu um registro de patente em nome do engenheiro francês Ernest Mercadier para um equipamento chamado Bi-Telephone. Assim, o estranho aparelho já apresentava traços muito parecidos com os fones atuais.
Porém, a criação de Mercadier, que tinha até mesmo uma cobertura de borracha para ser mais confortável, funcionava apenas para ligações. Aliás, ele era construído com peças de receptores de telefone.
Criados apenas para serem usados em amplificadores de telefone e áudio, eles eram úteis na transmissão de rádio e outros veículos de comunicação. Assim, o aparelho feito de materiais pesados e grandes, não era comercializado para o público.
Quando Nathaniel Baldwin criou o acessório, em 1919 e já com um visual mais atual, não imaginava que no futuro, ou seja, em 1930, fosse possível vender os fones.
Graças a avanços tecnológicos da época foi possível à empresa Beyerdynamic modernizar o modelo criado por Baldwin e conseguindo assim, desenvolver um dispositivo de maior qualidade e portátil.
No entanto, o produto só tornou-se popular no ano de 1958, quando John C. Koss e Martin Lange inventaram o primeiro fone de ouvido estéreo. Dessa forma, buscando a criação de um objeto que permitisse os usuários escutarem as suas músicas.
Foi com a chegada do walkman, em 1979, que os headphones explodiram como uma febre. Com isso, questões de design e portabilidade passaram a ser mais relevantes no processo de desenvolvimento dos acessórios.
O fenômeno de vendas, na época, foi um modelo da Sony que já vinha com os fones de ouvido.
Durante sua evolução, os fones mudaram não só sua utilização, mas também seus formatos. Confira agora os tipos e formas desse item ao longo dos anos.
São fones grandes, que cobrem toda a orelha e oferecem um bom isolamento acústico por meio de almofadas.
Ficam sobre a orelha, mas não a cobrem por completo. Dessa forma, o isolamento acústico não é tão bom.
São os fones mais comuns nos dias de hoje. Assim, eles ficam posicionados mais próximos do canal auditivo. Além disso, podem ser divididos em:
Criado em 1937 e passando por atualizações que permitiram a sua fabricação até 2012, o modelo alemão DT-48 da Beyerdynamic, foi o primeiro fone de ouvido com nome reconhecido a ganhar o mercado.
A AKG lançou, em 1947, seu modelo K120. Mas, a grande revolução no mundo dos fones de ouvido só aconteceu em 1958, quando houve a intenção de criar um fonógrafo portátil e um fone para ouvir em hospitais.
O músico de jazz norte-americano John Koss, responsável pela criação, resolveu lançar apenas este último. Como resultado, o artista criou o primeiro headset da história. Assim, o Koss SP-3 tinha como diferenciais a tecnologia e o fato de ter sido feito para ouvir música.
Em 1968 surge mais uma novidade, o Koss ESP/6, o primeiro headphone eletroestático. De fato, ele tem menos distorção e, em geral, está associado a modelos de mais qualidade e mais caros.
No final de 1970, a Koss Corporation lança outra linha icônica de fones, a HV. Mas a companhia não contava com a concorrência da alemã Sennheiser que criou, em 1968, a linha HD 414.
Com um design diferenciado dos da Koss, a empresa alemã apostou em fones com os alto-falantes aparecendo na parte traseira. Assim, o som era mais arejado e natural. Ainda hoje, a Sennheiser permanece ativa no mercado.
Já em 1978, o engenheiro e professor Amar Bose, ficou incomodado pelo ruído das turbinas nesse acessório durante uma viagem de avião. Então, o proprietário da empresa bem sucedida Bose conseguiu revolucionar o mundo dos fones.
O fone de ouvido criado pela companhia trazia o cancelamento de ruído. Dessa forma, pilotos de avião e outros veículos barulhentos foram os primeiros a experimentarem a invenção.
A Sony lançou em 1979, um pequeno aparelho que explodiu como sucesso de vendas e popularidade, o walkman. Assim, o pequeno rádio transmissor vinha com um par de fones MDR-3L2 permitindo ao usuário ouvir suas músicas sem incomodar outras pessoas.
Durante um tempo, o setor passou por décadas sem grandes novidades. Mas, em 2001, surge uma inovação tão grande quanto o walkman. Dessa vez, era o momento da Apple lançar o iPod. Com isso, tornando a música digital e os fones indispensáveis aos usuários.
Em 2006, Dr. Dre e o produtor musical Jimmy Lovine, não convencidos da qualidade dos fones de plástico da Apple, idealizam uma marca baseada em visual, glamour e um preço bastante alto.
Nascia a Bets, que lançou em 2008, o seu primeiro modelo, o Beats by Dr. Dre Studio. Ainda, ter um desses reflete não apenas a portabilidade, mas também status para quem o usa.
Essa foi a linha do tempo completa sobre os fones de ouvido. Acessórios dos quais muitas pessoas não vivem sem hoje em dia.
A introdução do áudio estéreo foi um divisor de águas na evolução dos fones. Assim, até então, a maioria dos fones transmitia som em mono, o que limitava a experiência auditiva.
Com o áudio estéreo, os fones passaram a reproduzir sons em dois canais distintos, proporcionando, então, uma sensação de espacialidade e profundidade no som.
Isso não apenas melhorou a qualidade auditiva, mas também abriu caminho para a criação de gravações mais complexas e imersivas. Além disso, transformou a maneira como as pessoas experimentam música e outros conteúdos de áudio.
A tecnologia Bluetooth foi crucial para a popularização dos fones sem fio, eliminando a necessidade de cabos e proporcionando maior liberdade de movimento.
Antes do Bluetooth, os fones sem fio usavam frequências de rádio, no entanto, essa tecnologia tinha limitações de alcance e qualidade de som.
Com o advento do Bluetooth, os fones puderam oferecer som de alta qualidade com uma conexão estável, tornando-se, assim, a escolha preferida para muitos usuários. Isso em especial com a popularidade dos smartphones sem entrada para fones.
Com o avanço da tecnologia, os fones passaram a oferecer respostas de frequência mais precisas, cobrindo desde os graves mais profundos até os agudos mais claros. Além disso, a introdução do cancelamento de ruído ativo (ANC) foi incrível.
Ela permitiu que os usuários bloqueassem sons indesejados do ambiente, proporcionando, então, uma experiência de áudio mais imersiva e focada.
Essas melhorias fizeram com que os fones modernos fossem capazes de entregar uma qualidade de som que rivaliza com sistemas de áudio mais tradicionais.
Os drivers são componentes fundamentais nos fones, responsáveis pela conversão dos sinais elétricos em som. Assim, a evolução desses drivers, especialmente com a introdução dos drivers de alta definição, permitiu uma reprodução sonora mais detalhada e precisa.
Isso significa que os usuários podem agora ouvir nuances sutis nas músicas e nos diálogos, o que é especialmente apreciado por audiófilos e, ainda mais, profissionais da música.
Os fones do futuro prometem ir além da simples reprodução de áudio, integrando-se cada vez mais com a inteligência artificial (IA). Então, a IA permitirá ajustes automáticos na qualidade do som com base no ambiente do usuário.
Também vai dar sugestões de músicas personalizadas e até mesmo a tradução em tempo real de diferentes idiomas. Portanto, tornará os fones não apenas um dispositivo de áudio, mas também uma ferramenta de comunicação e produtividade.
Com o crescimento da realidade aumentada (AR) e da realidade virtual (VR), os fones estão sendo desenvolvidos para oferecer suporte a essas tecnologias imersivas.
No futuro, então, espera-se que os fones possam fornecer áudio espacial 3D, sincronizado com o conteúdo visual de AR e VR. Dessa forma, vão criar experiências ainda mais realistas e envolventes.
Confira outras perguntas sobre o tema.
O cancelamento ativo usa microfones para captar e, ainda mais, neutralizar ruídos externos, enquanto o passivo isola o som com materiais físicos.
A qualidade do som pode ser afetada pela compressão de áudio, no entanto, codecs avançados como aptX minimizam essa perda.
Opte por fones com resposta de frequência plana e, além disso, drivers de alta definição para reprodução de som precisa.
A maioria das companhias aéreas permite o uso de fones sem fio, desde que estejam no modo avião.
Mantenha o volume baixo e faça pausas regulares para evitar danos à audição.