Um meteorito de 15 toneladas encontrado na Somália, no leste da África, levou à descoberta de dois novos minerais. Os minerais já haviam sido sintetizados em laboratório, o que facilitou a análise e identificação da amostra.
O meteorito de ferro, descoberto há dois anos, já era conhecido pelos moradores da região há pelo menos 5 gerações. Aliás, eles utilizavam a rocha como uma espécie de bigorna, para amolar facas e a citavam em suas músicas e poemas. Os minerais encontrados na amostra retirada da rocha espacial “El Ali”, foram batizados com os nomes:
O professor Chris Herd foi o responsável por analisar a amostra de 70g do meteorito, enviada para o departamento de ciências atmosféricas e terrestres da Universidade de Alberta. Embora os minerais já tenham sido criados de maneira artificial, apenas após a descoberta na natureza são chamados dessa forma e nomeados. Cientistas sintetizaram as composições anteriormente na França na década de 1980, o que facilitou a identificação.
Chris Herd disse que não é comum encontrar minerais em análises de rotina. De tal forma que ele espera poder analisar outras amostras, de preferência maiores, pois acredita que pode encontrar outros minerais. Inclusive, um terceiro mineral presente na rocha já está sendo confirmado.
Hoje se conhecem 5,851 minerais, entretanto, as combinações possíveis pelos elementos da tabela periódica são muito maiores. Além disso, os meteoritos passam por condições de temperatura e pressão muito diferentes às da Terra. Portanto, eles são importantes fontes para aprender mais sobre minerais e ótimos locais para novas descobertas.
A rocha espacial de 4,5 bilhões de anos tem cerca de 2 metros de largura e é o nono maior já encontrado. Além disso, outras pessoas da área de mineralogia, envolvidas na pesquisa, observaram que o meteorito de ferro viria do núcleo de um planeta que não existe mais. Por fim, sem dúvida, essas descobertas podem render novos usos no futuro.