Produzir carne sintética parecia ser algo impossível, mas há uns anos a mídia tem mostrado que o bife de laboratório estará disponível nos próximos anos. Porém, ainda existem alguns obstáculos quanto à produção em massa de cultura de células bovinas.
A Carne sintética é similar a comum, porém, é produzida em laboratório a partir de cultura de células bovinas que conseguem se replicar, seja em um tubo de ensaio ou biorreator de aço inoxidável.
O primeiro passo é coletar o material, tanto por meio de uma pequena biópsia para obter um pedaço de tecido, colher células de bancos de material animal, ou isolando elas a partir de ovos ou carne comum.
Desse modo, o próximo passo é identificar nutrientes para as células consumirem. Com isso, eles são adicionados com as células em um biorreator, onde elas são agitadas sob uma pressão específica para criar um ambiente natural em que possam crescer.
Um dos pontos positivos da carne sintética é que o perfil de nutrientes será semelhante ao da carne comum. Ademais, será possível fazer de forma personalizada e evitar problemas ligados à produção convencional, como por exemplo:
Isso ocorre porque através desse produto criado a partir de células, é possível fazer um melhor controle e evitar esse tipo de dano. Tal como a tecnologia mudou a vida em sociedade para consumir mais, hoje pode ajudar a manter a saúde da população.
Um dos maiores desafios da carne sintética é a sua produção em massa, pois para reduzir o valor de venda seria necessário produzir em larga escala. Contudo, seria necessário biorreatores muito maiores do que os que existem no mercado.
O processo de criar linhagens de células-tronco é caro e lento, ainda mais se tratando de cultura de células, pois requer alta tecnologia capaz de produzir em abundância. Ademais, existem outros pontos como ter um meio de produção vegano.
Esse é um ponto que só é possível saber em uma produção em larga escala. Mas, uma pesquisa feita pela Universidade de Oxford mostrou que essa produção de carne sintética pode ter uma maior liberação de gases do efeito estufa do que a pecuária.
Porém, segundo Pelle Sinke, outro pesquisador da área sustentável, ressalta a importância de investir em energia renovável para esse projeto, como já ocorre nas cidades inteligentes.
Além disso, revela que em alguns estudos a carne cultivada teve impactos maiores, e em outros menores do que a comum.
Segundo o Good Food Institute, nenhuma empresa conseguiu produzir carne sintética em grande massa e com um bom custo-benefício. Pois, elas só conseguem produzir alguns quilos por dia e o desafio futuro é fazer uma produção em larga escala em vários países.
E o fato de o setor privado ser o mais envolvido nesse mercado, é muito difícil saber o que está por vir, pois eles preferem manter segredo do que publicar. Mas o avanço da tecnologia e da ciência permite boas expectativas.
A carne sintética traz diversos benefícios, sendo um dos principais a redução do impacto ambiental. Ou seja, o uso de tal tecnologia permite que se use menos terra para a criação de animais, do mesmo modo que ração para alimentá-los.
Isso tem impacto direto nos custos que todo o processo leva, o que permite ao setor ter uma redução de gastos. Dessa forma, economize de modo significativo os seus recursos financeiros, além de evitar abater animais, o que é vital para o seu bem-estar.
A carne sintética, ou carne de laboratório, como também é conhecida, em resumo, pode fazer muito bem para a saúde do consumidor. Uma vez que, por ter um maior controle sobre a produção, é possível diminuir ou aumentar os níveis nutricionais, por exemplo:
Isso é vital para uma vida mais saudável, o que irá resultar na redução de doenças com relação à alimentação. Afinal, a carne artificial será livre de patógenos, bem como antibióticos e hormônios.
A carne sintética ainda gera opiniões adversas nas pessoas, ao passo que muitos aceitam, mas, há quem resista aos benefícios da tecnologia no alimento.
O público que é mais a favor da sua produção são os veganos e vegetarianos. Por outro lado, quem gosta da carne tradicional é contra, todavia, a busca por informação sobre o alimento cresce cada vez mais.
Isso, no entanto, deve demorar para acontecer, visto que ainda há uma série de desafios que o produto sintético enfrenta, como os custos de produção. Então, existe um caminho longo para uma geração do produto em larga escala.
Confira ainda esse artigo sobre como a tecnologia aumenta a produção no campo, no caso do cultivo de outros tipos de alimentos.